Automação de alta tecnologia: 6 motivos para investir para a sala de ordenha

Automação de alta tecnologia pode ser uma solução adequada para a coleta precisa de dados sobre o leite, o que auxilia o produtor a obter informações individualizadas das vacas e, em consequência, torna o rebanho mais saudável e produtivo.

À medida que a tecnologia evolui, os produtores de leite também avançam para obter mais automação, em busca de uma atividade mais sustentável e rentável. A palavra “dados” tem sido cada vez mais frequente quando se fala em pecuária de precisão e as estatísticas podem ser fundamentais para as fazendas que têm como foco manter suas vacas sempre saudáveis e produtivas. E, para isso, existem várias maneiras pelas quais os dados podem ser coletados para este fim. Uma das opções é a adoção de soluções tecnológicas de ordenha que fornecem informações precisas sobre o leite.

A coleta de dados, no momento da ordenha, pode auxiliar o produtor a aperfeiçoar a atividade, tanto para as tomadas de decisões quanto para saber como está a saúde da vaca, o rendimento individual de cada animal e até mesmo a eficiência do trabalho dos colaboradores da fazenda.

Saber a quantidade de leite produzida diariamente e o volume médio por animal é importante e tarefa fácil. Mas, para uma ordenha com dados precisos, não basta saber o volume total do tanque de resfriamento e dividi-lo pelo número de vacas para verificar a produção média de leite por vaca/dia. Esta conta fornecerá ao produtor apenas uma visão geral da produção de leite por vaca, mas não informará nada sobre quais vacas estão produzindo melhor (ou não). Tampouco ajudará na tomada de decisões.

Para ter dados individualizados por vaca é preciso um sistema de identificação que informe o produtor a quantidade de leite e qual animal o produziu. Além disso, essas informações devem ser precisas e bem apuradas.

Automação de alta tecnologia garante coleta precisa de dados sobre o leite

Uma maneira de obter dados sobre o leite é a técnica da medição direto do tanque. Este tipo de sistema, no entanto, tem suas falhas, principalmente porque o tanque precisa estar cheio para obter dados, limitando significativamente sua precisão. Além disso, com o passar do tempo a precisão desta medição normalmente diminui, devido a requisitos de manutenção.

Outra opção é um sistema com um medidor de fluxo livre, composto por sensores que medem o leite à medida que ele passa pelos dutos. A técnica melhora a natureza dos dados da fazenda em tempo real, mas tem limitações e apresenta margem de erro de cerca de 10%.

Os resultados mais precisos podem ser alcançados com um dispositivo de medição de leite de fluxo livre que usa a tecnologia de infravermelho próximo (NIR). Ao invés da medição intermitente que necessita de um mecanismo de enchimento e vazão de dutos, o leite é medido continuamente à medida que flui pelo sistema de dutos, o que melhora significativamente a precisão dos dados, além de otimizar o tempo de trabalho e evitar a sobre ordenha no animal. E, comprovadamente, o FreeFlow (sistema de medição de fluxo livre da Allflex) fornece precisão nos dados de medição de leite, com margem de erro de no máximo 3%.

Saiba os benefícios da automação de alta tecnologia

Existem muitos benefícios nas soluções de ordenha que podem fornecer esse tipo de precisão dos dados para melhorar a atividade leiteira. Confira seis motivos para adotar a tecnologia:

1. Permite saber o rendimento individual de cada vaca

Como a produção de leite é o principal fator de receita da fazenda leiteira, este deve ser o primeiro critério a ser avaliado com relação ao futuro de uma vaca no rebanho, com base em sua produção diária de leite numa meta pré-estabelecida. Mais do que isso, é preciso identificar a diferença entre o rendimento previsto e o desempenho real de cada vaca.

Em uma solução de alta tecnologia de ordenha, os dados são mapeados em um gráfico, fornecendo um indicador visual que permite que o produtor avalie se uma vaca está contribuindo para a atividade conforme o esperado ou se está sendo prejuízo aos negócios.

Ao observar os gráficos em diferentes níveis (dia / semana / lactação) é possível obter uma imagem realmente clara dos parâmetros de desempenho e identificar tendências de um animal específico.

Com dados precisos sobre o leite, é possível visualizar facilmente indicadores de ganho ou perda, como rendimento real versus rendimento previsto para uma vaca individualmente ou grupo, e tomar decisões quanto à viabilidade econômica daquele animal em específico no rebanho, baseando-se na sua produtividade.  

2. Ajuda na tomada de decisão para direcionar o animal para descarte ou reprodução

Se uma das vacas estiver com performance abaixo do previsto ou fora do desempenho de seu grupo, o produtor terá dados para apoiar as decisões que tomar sobre o futuro dela em seu rebanho. Por exemplo, caso perceba que não é um animal viável para manter no rebanho, uma opção é vendê-lo. Ou ainda, para vacas de alto rendimento, é possível optar por adiar a liberação para reprodução porque ela ainda não atingiu seu pico de produção de leite. Da mesma forma, é possível ter informações de que determinado animal ainda não atingiu o pico de lactação devido ao seu estágio de reprodução.

3. Melhora a rotina de ordenha e a qualidade do leite

Ter dados precisos sobre o leite também ajudam no gerenciamento do processo de ordenha, controlando o tempo de cada animal na ordenhadeira, evitando excessos, que podem se tornar prejudiciais à vaca.

Além de controlar o tempo de ordenha, a pulsação automatizada inteligente dá vazão à produção de leite e colabora para a boa saúde da vaca, principalmente em termos do úbere. Da mesma forma, os dados fornecidos podem acionar automaticamente o sistema quando o estímulo de pulsação é necessário para ajudar o leite a fluir e/ou interromper o estímulo, também fundamental para a produção de leite de qualidade.

4. Indica se há doença ou problemas na dieta

Depois de obter os dados precisos por vaca, também é possível examinar vários aspectos da produção de leite por lote ou indivíduo. Por exemplo, em alguns casos, uma queda na produção de leite por grupo pode indicar outros problemas, como superlotação do rebanho que pode causar estresse nos animais. Da mesma forma, alterações nos dados do leite podem indicar problemas nutricionais. Com isso, há a possibilidade do produtor checar e corrigir a alimentação daquele indivíduo que indicou queda na produção.

5. Ajuda na prevenção de doenças

Com bons dados sobre a produção de leite individual, o produtor pode gerenciar melhor a secagem quando uma vaca ainda está produzindo muito leite. Isso reduz o risco de incidência de mastites, pois o produtor pode optar por fazer a secagem do animal apenas quando uma diminuição na produção for indicada pelo sistema.

6. Otimiza a mão de obra e melhora a eficiência

Os dados sobre o leite também podem ser um forte recurso de avaliação do trabalho, demonstrando se a equipe de  cada turno de ordenha está trabalhando com eficiência ou não.

Caso note uma queda consistente no rendimento após um determinado turno, o produtor pode optar por turnos mais curtos, reduzindo os horários entre eles, dependendo do gráfico em particular.

Automação de alta tecnologia para dados precisos sobre leite exigem soluções de ordenhas certas

Ter informações precisas sobre o leite produzido é uma ferramenta valiosa para melhorar a saúde, o bem-estar e a produtividade das vacas. Mas, estes dados não operam de forma isolada.

Para transformar os dados em informações úteis para a gestão da fazenda, é preciso um ecossistema completo. Isso significa: um sistema automático de medição de leite, colar ou brinco de monitoramento individual para cada vaca e um sistema automatizado de estimulação e pulsação trabalhando juntos. Assim, uma solução completa é certeza de melhores resultados de ordenha e produção de leite!

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