O projeto Redução da Marca a Fogo promove o bem-estar animal. O projeto é uma iniciativa conduzida pela empresa BE.Animal, o grupo ETCO – Grupo de Estudos e Pesquisas em Etologia e Ecologia Animal, da Unesp – Jaboticabal e a Fazenda Orvalho das Flores, com o apoio das empresas MSD Saúde Animal – e sua marca Allflex – e JBS, está abrindo um novo ‘olhar’ sobre o manejo para identificação na pecuária brasileira.
Implantado inicialmente em quatro propriedades brasileiras, a iniciativa nasceu da preocupação e necessidade de conscientização de que a prática possui alternativas que vão ao encontro do bem-estar animal.
Acompanhe o artigo e entenda como o projeto Redução da Marca a Fogo foi implantado nessas propriedades e quais foram os principais benefícios.
Confira!
Fim da marcação a fogo evita agressão à pele do animal
O projeto Redução da Marca implantado inicialmente em quatro propriedades brasileiras: Fazenda Palmeiras, em Ituiutaba (MG), Fazenda São Clemente, em São José dos Campos (SP), Fazenda Cambury, em Araguaiana (MT) e na Rio Correntes Agropastorial, que possui a Fazenda da Serra, em Coxim (MS) e a Fazenda Baia do Lara, em Corumbá (MS).
O professor da Unesp e co-fundador da BE.Animal Mateus Paranhos conta que o projeto nasceu da preocupação e necessidade de conscientização de que a marca a fogo, antes de provocar um dano no couro, é uma agressão à pele do animal.
Ele destaca que a redução da marca de fogo representa ganho de peso, índice de fertilidade, de parição, com indicadores extremamente satisfatórios, além de diminuir muito a carga de trabalho nas fazendas.
“Além disso, o trabalho de marcação levava o dia inteiro para marcar um lote, hoje com apenas uma marca os pecuaristas fazem até dois lotes por dia. Melhora o bem-estar do animal e também da equipe, pois ela consegue realizar um manejo mais adequado, com calma e sem correria”, diz Paranhos.
Ele relata que há resultados também na economia com custo de gás e hora/homem trabalhada, além de muito menos estresse dos animais e da ocorrência de bicheiras como consequência das queimaduras provocadas pela marca a ferro quente.
“Só há pontos positivos para a equipe e para os animais. A identificação com brinco permite individualizar o rebanho e, atrelado a uma planilha ou software de gestão, otimiza o trabalho da propriedade e permite ao pecuarista fazer o gerenciamento de forma mais assertiva. Ela representa uma economia de tempo, um desgaste menor para as equipes e seguramente um sofrimento menor para os animais”, destaca.
De acordo com Mateus Paranhos, as fazendas foram escolhidas para serem referência a outras propriedades que, no futuro, possam ter interesse em fazer a substituição de algumas marcas a fogo pelos brincos.
“Mostramos os riscos, o esforço de trabalho que se tem para fazer a marca a fogo e o impacto no bem-estar animal. Demonstramos quanto tempo se gasta com esse manejo, quanto tempo mantém a inflamação no local de aplicação da marca a ferro, quanto tempo leva depois de estar marcada para fazer a leitura visual em comparação com um sistema de identificação eletrônica, por exemplo. Por que vou usar um método que agride muito os animais quando tenho alternativas que são viáveis, funcionam com muita eficiência e segurança?”, questiona Mateus.
O projeto leva informação ao produtor e, de acordo com Mateus Paranhos, tem tido grande receptividade e procura. “Estamos em um esforço grande para ampliar o projeto, fortalecê-lo para ganharmos em escala e, assim, aumentar o número de produtores conosco”, afirma.
Uma nova ‘marca’ na pecuária brasileira
O projeto Redução da Marca a Fogo está deixando uma nova ‘marca’ na pecuária brasileira. Com a redução das marcações a fogo no gado, ele está promovendo uma mudança de atitude por parte de produtores.
O projeto se inicia com um amplo diagnóstico, o desenvolvimento de um plano de ação e, assim, sua implementação e acompanhamento.
“Realizamos uma avaliação inclusive das instalações gerais da fazenda para permitir sua aplicação. Ele altera o dia a dia das pessoas e dos animais, melhora o manejo rotineiro e apresenta a grande vantagem de disponibilizar todas as informações de cada animal em um software com fácil acesso”, conta Mateus Paranhos. “As equipes tem se adaptado muito bem pois é um grande benefício para todos, para bem-estar do anima e do trabalhador e também promove melhorias sanitárias”, relata.
Segundo a sócia-fundadora da BE.Animal Ana Luiza Mendonça Pinto com organização e muita calma, já foram registradas 68.450 marcas a menos em um ano do projeto. “Por isso, muitas outras fazendas já aderiram e em nossas redes sociais nos perguntam como ingressar em nosso projeto. Com brincos de boa qualidade, além de todos os benefícios em bem-estar, o pay back é muito rápido, falando em tempo e dinheiro”, afirma.
Ela destacou que, pelo tempo do projeto iniciado, em sua avaliação, menos de 1% dos brincos e dos bottons foi perdida, menos de 1% dos brincos se tornou ilegível, 4% de chips foram perdidos, também 4% não funcionaram e, em 1304 animais, somente um perdeu todos os dispositivos de identificação.
“Nossos próximos passos serão abrir um webinar aos pecuaristas para apresentação dos resultados, vamos fazer o lançamento de um Guia e Tutoriais para a Redução da Marca a fogo, um treinamento das equipes das empresas apoiadoras para uso do guia, abriremos uma segunda etapa da enquete aos pecuaristas com o envio do formulário de satisfação às fazendas referência e convite para continuar no projeto, além de estar prevista uma reunião com a Associação Brasileira de Brangus para o próximo dia 30 de abril”, conta Ana Luiza.
O objetivo, segundo ela, é aumentar o alcance do projeto nas fazendas, promover um curso on-line, dias de campo nas fazendas referência, promover o envolvimento de mais grupos de pecuaristas, acompanhar o couro de animais que participaram do projeto, eventos e a realização de campanhas regionais com kits para a redução da marca a fogo.
Allflex
A Allflex Livestock Intelligence é a líder mundial em design, desenvolvimento, fabricação e entrega de soluções para identificação, monitoramento e rastreabilidade de animais. Suas soluções focadas em dados são usadas por pecuaristas, empresas e países para gerenciar centenas de milhões de animais em todo o mundo.
Ao colocar informações inteligentes para gerenciamento nas mãos dos produtores, as soluções Allflex os capacitam a agir em tempo hábil de forma a salvaguardar a saúde e o bem-estar de seus animais, ao mesmo tempo em que obtém ótimos resultados na produção para o fornecimento de alimentos saudáveis. A Allflex Livestock Intelligence faz parte do portfólio de produtos digitais para rebanhos da MSD Animal Health Intelligence.
Por meio de seu compromisso com a Ciência Para Animais Mais Saudáveis®, a MSD Animal Health Intelligence oferece a veterinários, agricultores, criadores, donos de pet e governos uma das mais amplas gamas de produtos farmacêuticos, vacinas e soluções e serviços de gerenciamento de saúde, além de um amplo conjunto de produtos e soluções em identificação conectada digitalmente, rastreabilidade e monitoramento. A MSD Animal Health Intelligence dedica-se a preservar e melhorar a saúde, o bem-estar e o desempenho dos animais e das pessoas que cuidam deles.
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